segunda-feira, 8 de junho de 2009

Vinte e cinco filmes para entender a Segunda Guerra



Porque não falar um pouco de cinema, já que é uma paixão e que caminha muito junto da música? Boa dica...

Do Terra cinema:

Há exatos 65 anos, no dia 6 de junho de 1944, começou a grande ofensiva aliada que daria um fim às pretensões nazistas de dominar toda a Europa. Era o Dia D, ou Operação Overlord, que consistiu em um maciço desembarque de forças inglesas e americanas na costa da França, mais especificamente nas praias da Normandia. A partir daí, mais e mais países foram sendo libertados, culminando com a rendição alemã, em maio de 1945, e a dos japoneses, em 14 de agosto do mesmo ano.

Obviamente o cinema retratou de várias maneiras diferentes o conflito que mudou a face do mundo e deixou o planeta menos ingênuo (nas palavras de John Kenneth Galbraith), seja através de filmes fantasiosos e maniqueístas até chegar a um recente revisionismo histórico. Confira abaixo uma lista de grandes obras clássicas que podem ajudar a entender o que foi a II Grande Guerra:

O Dia D
O Mais Longo dos Dias (1962): um dos maiores épicos já produzidos, estrelado por 52 astros de primeira grandeza encabeçados por John Wayne, mostra o desembarque na Normandia. Ganhou Oscar de Fotografia em Preto e Branco e Efeitos Especiais.

O Resgate do Soldado Ryan (1998): para contar a história de um grupo de soldados que tem como missão salvar um soldado cujos irmãos morreram em combate, Spielberg abriu o filme com a recriação mais real, cruel e sanguinolenta da batalha na praia de Omaha já vista. Nenhum filme de guerra foi o mesmo depois dele.

Grandes batalhas
Uma Ponte Longe Demais (1977): elenco estelar (James Caan, Michael Caine, Sean Connery, Anthony Hopkins) para contar a história da Operação Market Garden, um dos maiores fiascos aliado da II Guerra, que causou mais baixas que no próprio Dia D.

Os Canhões de Navarone (1961): grupo de soldados da resistência tenta explodir os poderosos canhões nazistas localizados na costa do Mar Egeu. Com Gregory Peck, David Niven e Anthony Quinn.

Patton (1970): cinebiografia, vencedora de sete Oscars, do mais controverso general americano, George S. Patton (magistralmente interpretado por George C. Scott) e sua guerra pessoal de egos contra o alemão Rommel, no Egito, e o inglês Montgomery, na liberação da Itália.

Por dentro de campos de prisioneiros
Fugindo do Inferno (1963): um grupo de prisioneiros ingleses e americanos tenta escapar de um campo alemão à prova de fugas. No elenco, Steve Mcqueen, Charles Bronson, James Coburn e Richard Attenborough.

A Ponte do Rio Kwai (1957): prisioneiros ingleses são obrigados a construir uma ponte para os japoneses e, para provar a superioridade técnica dos britânicos, quase acabam por ajudar o inimigo. Destaque a música-tema, Colonel Bogey March, que ficou famosíssima (lembra dos britânicos assobiando a melodia?), e pelas interpretações de Alec Guiness e William Holden.

O Império do Sol (1987): tocante filme de Spielberg com a história do filho de um funcionário público inglês que é mantido prisioneiro em campo de concentração japonês. Foi o primeiro filme de Christian "Batman" Bale e ainda tem John Malkovich e Miranda Richardson no elenco.

O ataque a Pearl Harbor
Tora!Tora!Tora! (1970): o ataque a Pearl Harbor do ponto de vista japonês e do ponto de vista americano em um filme com direção mista (Kinji Fukasaku e Richard Fleischer), além de grandes atores, como Martin Balsam, Joseph Cotten e E.G. Marshall.

A Um Passo da Eternidade (1953): ganhador de oito Oscars, mostra a vida em um campo militar americano no Havaí antes do ataque japonês. A cena do beijo entre Burt Lancaster e Deborah Kerr à beira-mar ficou famosíssima. Além disso, seria o filme que Frank Sinatra usou de seus contatos na máfia para conseguir um papel e inspirou o Johnny Fontaine de O Poderoso Chefão. Com Ernest Borgnine e Montgomery Cliff.

O absurdo da Guerra
Os 12 Condenados (1967): o diretor Robert Aldrich, conhecido pacifista, mostra a insanidade dos conflitos na história do batalhão formado por 12 sociopatas condenados em uma missão suicida. Elenco para ninguém botar defeito com Lee Marvin, John Cassavetes, Charles Bronson e Telly "Kojak" Savallas.

Inferno no Pacífico (1968): mais uma vez Lee Marvin aparece em um libelo antiguerra. Em uma ilha no Pacífico, um oficial americano e um soldado japonês travam uma batalha pela sobrevivência, um contra o outro, até que descobrem que a única maneira de ficar vivo é se aliarem. O grande ator japonês, Toshiro Mifune, dá um show à parte.

O sofrimento judeu
O Pianista (2002): o diretor Roman Polanski, sobrevivente de um campo de concentração, conta a história do pianista judeu Wladyslaw Szpilman e sua luta para sobreviver nos guetos de Varsóvia. Adrian Brody ganhou o Oscar de melhor ator por sua atuação.

A Lista de Schindler (1993): um dos melhores e mais comoventes filmes de Steven Spielberg na trajetória de Oskar Schindler, empresário que, nas palavras do diretor, fracassou em todos os negócios que teve antes e depois da Guerra. Durante o conflito, porém, foi muito bem-sucedido em salvar centenas de judeus dos campos de concentração.

Enxergando o lado alemão
Cruz de Ferro (1976): Sam Peckinpah inovou mostrando grandes atores americanos e ingleses interpretando alemães nessa trama que envolve o conflito entre um sargento e um capitão obcecado em ganhar uma medalha ¿cruz de ferro¿ durante a invasão da União Soviética. Com James Coburn, James Mason, Maximillian Schell e David Warner.

O Barco - Inferno no Mar (1981): claustrofóbico drama dirigido por Wolfgang Petersen. O filme acontece dentro de um submarino alemão e mostra a tripulação tentando escapar da marinha britânica.

A Queda (2004): os últimos dias de Hitler em seu bunker, do ponto de vista de Traudl Junge, secretária do Führer. Filme tenso, pesado e com a magistral interpretação de Bruno Ganz.

Entendendo o lado japonês
Cartas de Iwo Jiwa (2006): dirigido por Clint Eastwood, faz dobradinha com o filme A Conquista da Honra e mostra o desespero, o fanatismo e a obsessão dos japoneses quando os aliados invadem a ilha de Iwo Jima, importante ponto para o ataque a Tóquio.

Vivendo em tempos de guerra
Adeus Meninos (1987): a infância do diretor Louis Malle na França, em 1944, e o impacto em sua vida quando seu colégio passa a abrigar crianças judias perseguidas pela Gestapo.

Esperança e Glória (1987): a vida em Londres em meio a ataques aéreos alemães, na visão do menino Bill Rohan, no divertido e tocante filme de John Boorman, baseado em sua própria experiência pessoal. A última cena é impagável.

Casablanca (1942): em um dos maiores clássicos do cinema, romance e dramas pessoais se misturam no Rick´s Americain Café, no Marrocos, pertencente ao misterioso e ranzinza Humphrey Bogart. A cena onde os alemães cantando no bar são encobertos pelos franceses e sua Marseillaise (o hino nacional francês) é uma verdadeira batalha campal.

Resistência x Colaboracionismo
Roma, Cidade Aberta (1946): grande expoente do neo-realismo italiano, Roberto Rossellini mostra a resistência italiana contra a presença alemã, inspirado na vida de Dom Luigi Morosini, um pároco que abrigava refugiados políticos.

Lacombe Lucien (1974): o diretor Louis Malle mais uma vez mostra o impacto da guerra na vida cotidiana através de Lucien, jovem e iletrado camponês que depois de ser recusado pela resistência francesa, passa a colaborar com os invasores nazistas.

A vida no pós-guerra
Julgamento em Nuremberg (1961): um dos mais brilhantes filmes sobre os aspectos políticos e sociais da guerra e o início da guerra fria, dirigido soberbamente por Stanley Kramer e com um elenco fenomenal (Burt Lancaster, Montgomery Cliff, Spencer Tracy, Maximillian Schell, Judy Garland, Marlene Dietrich, entre outros) narra o julgamento de juízes nazista condenados por garantir a perseguição indistinta de judeus na Alemanha.

Os Melhores Anos de Nossa Vida (1946): ganhador de sete Oscars, é um dos primeiros filmes a mostrar três ex-combatentes quando de seu retorno aos Estados Unidos e a difícil readaptação à vida civil. O ator Harold Russell, que não tinha as duas mãos na vida real, interpretava um marinheiro que havia sido mutilado em uma batalha.

Trilha; Ramones - Blitzkrieg Bop

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