terça-feira, 27 de outubro de 2009

U2 comenta desempenho abaixo do esperado de No Line on the horizon

Eu li sobre o assunto, eu esperei, eu ouvi o disco, e eu acertei.
Não achei tão bom quanto o anterior. Falta um "q" comercial mesmo.

Publicado na Rolling Stone online:

Na mesma semana, a popularidade do U2 foi posta em xeque para bem e para o mal. Enquanto um concerto no estádio Rose Bowl, em Pasadena (Califórnia), domingo, 25, foi transmitido para milhões, ao vivo, no YouTube (por volta das 3h, horário de Brasília, registrou-se 1,3 milhão de acessos), a banda irlandesa confessou ao site da Spinner que seu mais recente álbum, No Line on the Horizon, teve desempenho de vendas aquém do esperado.

O disco, 12º na trajetória do grupo capitaneado pelo misto de rockstar e ativista social Bono, foi lançado em março e, apesar da intensa maratona promocional (que inclui uma rodada sem precedentes de cinco aparições no programa Late Show With David Letterman), vendeu em torno de um milhão de cópias. Número respeitável para qualquer banda, em tempos de crise fonográfica, mas insatisfatório para a banda: 3,2 milhões de exemplares do álbum anterior, How To Dismantle an Atomic Bomb (2004), deixaram as prateleiras do Reino Unido; 1,1 milhão a mais do que isso no 10º trabalho de estúdio, All That You Can't Leave Behind.

Um dos fatores apontados para o relativo fracasso é a falta de um grande hit comercial no disco. "Nós não estávamos com essa mentalidade. Sentimos que este álbum era quase como uma espécie em extinção, e deveríamos abordá-lo em sua totalidade, e criar um clima e um sentimento, e um começo, meio e fim. E suponho que fizemos um trabalho que é um pouco desafiador", filosofou Bono.

O primeiro single, "Get On Your Boots", chegou até a 12ª posição nas paradas britânicas. Já os consecutivos "Magnificent" e "I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight" conquistaram, respectivamente, 42º e 32º lugar.

O baixista Adam Clayton também comentou o desempenho de No Line on the Horizon: "Os desafios comerciais têm que ser confrontados. Mas eu acho que, num certo sentido, o desafio mais interessante é, 'o que é rock 'n' roll neste mundo em transição?'. Porque, de alguma forma, o conceito do fã de música - o conceito da pessoa que compra música e ouve música pelo prazer da música em si - é uma ideia datada".

O show em Pasadena será posto em streaming no canal oficial do U2 no YouTube. A apresentação faz parte da bem-sucedida 360° Tour, responsável por "reinventar o rock 'n' roll", segundo crítica da Rolling Stone USA. Leia sobre a primeira parada, em Barcelona, da turnê, descrita como a mais ambiciosa na trajetória da banda.

Musicas que nao fiz mas queria ter feito

Blues na veia. Esse cara promete.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Brasil terá Woodstock em 2010

Dica da Revista Rolling Stone;

Michael Lang, um dos organizadores do festival realizado em 1969, já deu aval para realização do evento em solo tupiniquim

Woodstock irá comemorar seus 40 anos com edição oficial no Brasil em 2010

O lendário festival norte-americano Woodstock será oficialmente ressuscitado em 2010 no Brasil. O empresário Eduardo Fischer, dono do Grupo Totalcom, foi o responsável pela negociação com os detentores dos direitos do nome do evento, em encontro realizado em Nova York, no último dia 9.

Confira especial em homenagem aos 40 anos do Woodstock.

Conforme apurou a reportagem do site da Rolling Stone Brasil, Fischer fechou contrato direto com os organizadores da edição original do Woodstock, que aconteceu em agosto de 1969. Michael Lang, um dos responsáveis pelo evento, já deu o aval para realização do festival em solo tupiniquim.

A notícia começou a circular em veículos de comunicação brasileiros após a publicação da confirmação pela revista Veja desta semana. Nela, é informado que a previsão é de que o evento aconteça em São Paulo, no final do ano que vem, sob o tema de sustentabilidade na música.

No início do mês, o empresário já havia antecipado seus planos em trazer o evento para o país, por meio de posts publicados em seu perfil no Twitter. "Moçada, tô indo pra NY p/ reunião com representantes do Woodstock. Para quem tá afim, acende uma vela!", escreveu Fischer antes de viajar para os Estados Unidos e selar o acordo.

A assessoria de imprensa revelou que Fischer contará com o apoio de um representante da Woodstock Ventures no Brasil para a concretização do projeto, ainda sem detalhes sobre atrações. Se realmente vingar, o festival brasileiro celebrará os o aniversário de 40 do Woodstock original.

Não será o primeiro evento a relembrar a maratona, marco da contracultura e do movimento hippie: o último "revival", realizado em 1999, nos Estados Unidos, foi marcado por violência, preços abusivos e incêndios provocados pelo próprio público.

ARIANO SUASSUNA FAZ SEVERAS CRÍTICAS AO FORRÓ ATUAL

Dica da atriz Regina Pessoa.
Vale a pena ler e divulgar.

ARIANO SUASSUNA FAZ SEVERAS CRÍTICAS AO FORRÓ ATUAL

'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão.

Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, de todas bandas do gênero).

As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça.

Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam).

Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas.
Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá:

Calcinha no chão (Caviar com Rapadura),
Zé Priquito (Duquinha),
Fiel à putaria (Felipão Forró Moral),
Chefe do puteiro (Aviões do forró),
Mulher roleira (Saia Rodada),
Mulher roleira a resposta (Forró Real),
Chico Rola (Bonde do Forró),
Banho de língua (Solteirões do Forró),
Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal),
Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada),
Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca),
Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró),
Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró).

Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas. Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo.

O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se.

Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde.

Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado, Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste.

Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção.

Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem.

Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é: 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna
Observação:

O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calypso, que ele achava de mau gosto.

Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de 'forró', e Ariano exclamou:

'Eita que é pior do que eu pensava'. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.

Realmente, alguma coisa está muito errada com esse nosso país, quando se levanta a mão pra se vangloriar que é rapariga, cachaceiro, que gosta de puteiro, ou quando uma mulher canta 'sou sua cachorrinha'. Aonde vamos parar?

Como podemos querer pessoas sérias, competentes? E não pensem que uma coisa não tem a ver com a outra não, pq tem e muito! E como as mulheres querem respeito como havia antigamente? Se hoje elas pedem 'ferro', 'quero logo 3', 'lapada na rachada'?

Os homens vão e atendem. Vamos passar essa mensagem adiante, as pessoas não podem continuar gritando e vibrando por serem putas e raparigueiros não. Reflitam bem sobre isso, eu sei que gosto é gosto... Mas, pensem direitinho se querem continuar gostando desse tipo de 'forró' ou qualquer outro tipo de ruído, ou se querem ser alguém de respeito na vida!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Mais Temporada de Moda Capricho

Semana passada rolou mais um episódio do Reality Temporada de Moda Capricho.
E como não podia faltar, I'll make it happen estava presente logo depois do break, confira:



Músicas que não fiz mas queria ter feito

Em duas versões, uma melhor que a outra.
Só deixando claro que o autor é Willie Dixon.



Escada Musical

Dica do "barulhento" Marcio "The Mixer" do Blog "A arte de fazer barulho".

Alguém se lembra do Tom Hanks "pulando" em cima de um piano tamanho família?
Se tiver vontade, basta dar um pulo na Suécia, veja o video:

terça-feira, 6 de outubro de 2009

One, two, three, four... Cinebiografia dos Ramones


Do Omelete:

Uma cinebiografia sobre os Ramones inspirada no livro I Slept With Joey Ramone pode finalmente chegar às telas de cinema.

Segundo a Billboard, a Fox Searchlight, divisão da 20th Century Fox, está interessada no projeto, o que colaboraria para que ele fosse realizado. Várias tentativas já foram feitas na intenção de retratar a história de Joey, Johnny, Tom e Dee Dee, mas pendengas judiciais sempre barraram o processo, especialmente envolvendo os principais compositores do quarteto estadunidense, Joey e Johhny, que enfrentaram diversos conflitos no fim da carreira do grupo.

O livro que serviria como base ao filme foi escrito pelo irmão de Joey Ramone, Mickey Leigh, e o jornalista Legs McNeil (Mate-me Por Favor), conhecido pelo envolvimento com a cena punk nova-iorquina, berço dos Ramones. I Slept With Joey Ramone chega às lojas em dezembro, pela editora Simon & Schuster.

O mais interessado no sucesso do projeto é o produtor Rory Rosegarten, ex-produtor executivo de Everybody Loves Raymond, que detém os direitos do livro.

Os Ramones se separaram em 1996 e, dos membros originais, apenas Tommy está vivo. A banda já ganhou um documentário, Fim do Século: A História dos Ramones, em 2003, e participou de Rock ´n´Roll High School, filme de 1979 que vai ter remake produzido pelo radialista Howard Stern.